segunda-feira, 11 de maio de 2009


CANDOMBLÉ, NEGRO E MARGINALIZAÇÃO.
Como diz Michel Foucault em A Ordem do Discurso (1996, p. 8-9), em todas as sociedades existem procedimentos de controle dos discursos que são proferidos, sendo alguns deles excluídos através da interdição. Não podemos desta forma, dizer tudo e em qualquer circunstância. Foram estes procedimentos, de exclusão e interdição, a que submeteram os povos negros; africanos capturados, traficados e escravizados de forma brutal; forçados a compor uma nova estrutura social em um território longínquo; anulados em todas as suas particularidades e potencialidades pela historiografia elitista; tidos como seres dóceis que aceitavam mansamente a condição de escravo sem nenhuma forma de resistência.Este discurso se proliferou até os dias atuais e se materializa na situação de exclusão social, econômica, cultural e religiosa do povo afro-descendente no Brasil. E é nesta condição de exclusão e marginalização que o Candomblé se encontra inserido, ficando evidente ao darmos um simples passeio nas zonas periféricas da cidade de Juazeiro - BA.Porém, mesmo a população negra tendo sido jogada no submundo dos subúrbios brasileiros, ela não se isentou de suas contribuições para formação da identidade brasileira.Trabalhando no eito, no engenho, na mina ou na cidade, homens e mulheres bantos [negros] foram deixando sua marca no comportamento, no fazer, no falar e no ser brasileiro. Marca tão profunda que hoje nem se sabe da sua origem africana, pois é vista e sentida como parte constitutiva do que somos [...] (SANT’ANA, 2003, p.2)Essas contribuições vêm sendo negadas, resumidas em elementos ínfimos tal como pratos alimentícios e vestuários, deixando de lado as contribuições intelectuais, comportamentais e religiosas do continente africano na formação da identidade brasileira. Sendo assim o candomblé foi subjugado e inferiorizado, não sendo nem ao menos reconhecido como religião. Todavia, o candomblé representa uma das maiores e mais profundas marcas do povo afro-descendente na formação imagética da sociedade brasileira
Postado por Antonio às 16:35 0 comentários
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As relações de gênero, assim como todas as opressões geradas por elas, são indissociáveis do movimento histórico. Porém a história do Feminino esteve por muito tempo sob o véu do patriarcalismo, a mulher desta forma teve negado o seu direito à história. Direito a produzir cientificamente história e o de ser uma sujeita histórica.
À mulher foram assim legadas as funções primarias e não deliberativa da sociedade, foi destinada a ocupar o espaço do privado, criaram-se desta forma o estereotipo da mãe afável, da rainha do lar. Quando a mulher ousou transcender o privado alcançando o espaço público, este pertencimento exclusivo do homem, recebeu mais um estereotipo, o da mulher vulgar, indigna.
Com tudo hoje passamos por um novo momento historico, onde a mulher começa a ocupar alguns espaços deliberativos. Porém, o MOMENTO DE LUTA não se da por satisfeito e convida todas as compalheiras e compalheiros de luta, para dicutirmos a temática nas escolas, nas universidades, nos lares, no trabalho e em todos os espaços que frequentemos.
MOMENTO DE LUTA pela igualdade dos gêneros!!!!!!
Postado por Antonio às 10:05 0 comentários
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NAENDA NA LUTA
O grande mestre Paulo Freire apregoa, em sua Pedagogia Libertária e Autônoma, que o ato de educar exige estética, beleza e respeito aos conhecimentos previamente adquiridos pelos educandos; além de enfatizar que educar é revolucionar a realidade de marginalização em que a maioria da população se encontra. Por tanto, a Arte-educação se mostra um grade instrumento pedagógico para o despertar crítico dos subjugados desta sociedade mercadológica e excludente, e assim também para sua transformação sociocultural. Por tanto os trabalhos de arte-educação desenvolvidos pelo NAENDA(Núcleo de Arte-Educação Nego D'água), localizado no bairro Quidé em Juazeiro-BA, vem contribuindo muito para mudança socio-educacional da comunidade onde ele está eserido.Hoje esse Núcleo passa por dificuldades financeiras e ainda não pode dar inicio a suas atividades anuais em sua sede(casa da cultura Jordélio de Souza). Mesmo assim o grupo gestor não para e esta desenvolvendo uma série de atividades extra muros em parcerias com outras instituições.
Postado por Antonio às 09:49 0 comentários

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